quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Dionísio: meu homem mítico

Propínquo aos castiçais de ouro,
sob auréolas afogueadas,
Dionísio, com seu professor Sileno,
sorvia aos goles o vinho
de um sagrado cálice pequeno.
Apresentei-me silente – como o
tempo insone –, cândida e aromática
para que, apesar da ebriedade, não
me percebesse trêmula e várias.
Talvez Dionísio, homem
mítico, admirasse a minha farsa
e me guiasse ao seu teatro na
encosta sul da acrópole de Atenas.

Arrebate

Repentinamente: um impulso.
Fim: recomeço.