não me
peça para explicar
tudo o que
há e não há
nem o que
sobrou para recordar
porque
você é a minha assassina
que apesar
de me deixar
ainda jura me amar
com esse
amor facínora
não
pergunte o que não dá
para
responder ou traduzir
não sou eu
quem vai dizer
aquilo que
não se pode exprimir
o que há em
meus pensamentos
além da
sua imagem em fragmentos?
o que
restou em sua memória
sobre a
nossa curta trajetória?
o que há nessas
questões de amor
além de
poucos argumentos?
o que existe
de mim em você?!
pois há tanto de você em mim
fosse o nosso
Eterno Retorno
ou fosse o
fim dessa “guerra fria”
fosse você
assim só para mim
ou a
resolução de qualquer teoria
seria
isto mais do que poesia?
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