domingo, 20 de janeiro de 2013

Geração Beat


Ocorreu, neste ano, o lançamento do filme “On The Road”, do diretor brasileiro Walter Salles, fazendo com que, novamente, a Geração Beat permaneça em alta ou, pelo menos, por um bom tempo, na boca do povo. Porém, apesar do Movimento Beat ter perdido a força originária, ainda existem milhares de beatniks perdidos pelo corpo celeste que habitamos.

Beat Generation foi, sobretudo, uma revolução cultural por meio da literatura e outras artes, mas principalmente pela escrita. Jovens norte-americanos, entre as décadas de 40 e 60, resolveram acabar com a insipidez que fazia parte das suas rotinas, abraçando uma vida repleta de sexo grupal, drogas, viagens, boinas, roupas pretas, boemia, jazz e bongo. Outrossim, foi um movimento literário anti-materialista, considerado um tanto subversivo, sendo que várias obras publicadas na época, por diversas vezes, foram censuradas.

Os beatniks eram intensos em tudo, não apenas na escrita ou no abuso de drogas, mas na maneira de observar os pormenores da vida, no modo como refletiam acerca de suas ideias, paradigmas, sistemas filosóficos, etc. Escreviam compulsivamente e de forma caótica, bem como apoiavam a liberdade de expressão, a igualdade, o respeito às diferenças e repudiavam todo tipo de preconceito.

O seus expoentes foram: Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs e Gregory Corso; que influenciaram músicos como Bob Dylan, The Beatles e Pink Floyd. As produções literárias, que todos devem ler, do Movimento Beat são: Pé na Estrada, do Jack Kerouac; Uivo, a típica “poesia marginal” do Allen Ginsberg; Almoço Nu, do William Burroughs; e Casamento, do Gregory Corso.

Fazer parte da Geração Beat é estar em movimento, é poder expressar livremente as verdades que estão guardadas no intelecto de cada um, é ver o mundo além do cosmos e viver a vida acolá da realidade. Por isso, a Beat Generation deve ser respeitada e cultuada por todos, uma vez que é um jeito de levar a vida com mais veracidade interior, bem como com menos falsidade e futilidade.



(Publicado primeiramente no blog RETRODERNO.)

Um comentário:

  1. Já li inúmeros livros de Kerouac, Ginsberg e cia. Eles revolucionaram toda a cultura e o modo de vida contemporâneo. Sem eles, não existiria toda a contra-cultura dos anos 1960, Rock'n'Roll seria apenas uma música para acompanhar bailinhos e muitos jovens talentosos e criativos teriam imensas dificuldades para ascender na indústria cultural da época.

    Gostei muito do seu blog e o inclui na minha lista de blogs no meu '(Universo Pop).

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