que havia
sido esculpida pela escultora
que era
apaixonada por cada verso
das
poesias escritas pelo poeta
a
escultora esculpiu o rosto do poeta
para
demonstrar o amor que nela existia
o poeta era
narcisista e da sua face
poetou mentiras
fúteis sobre o amor
sórdido e mórbido
que por si sentia
declamou todas
as estrofes à estátua
– sem ação
ou expressão – e assim
restou a
mesma escultura de mármore
e esta
confissão:
os poetas são
as estátuas de algum jardim
as
escultoras são os princípios de uma inspiração
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