morrerei de poemas de doutrinas
de prosas a cada verso de uma poesia
morrerei de frio em julho e em setembro
cederei às flores ao céu ao seu ao véu ateu
morrerei sem vestes no banco dos réus
ou ao leste despertando sem sangue
morrerei ao poente rubro no chão
findarei em escritos nalgum papel
sem vírgulas sem pontos sem fim
eterno em mim
Nossa, perfeito. Sem palavras para tanto talento...
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