confesso ter sorrido ao saber que Ar é teu elemento e
que – como eu – tu não te prendes ao chão e ao mar
que tu és leve como uma brisa ou violento como um
tornado e que ao amar tu idealizas diariamente e tu
descobres outro sentimento idêntico ao que sentes
admito gostar da nossa espiritualidade fundida ao
nosso equilíbrio e à nossa inteligência nuclear e
assim assumo minha preferência por seres que
voejam freneticamente nus através de nuvens de revoluções
deixando para trás todos os estereótipos e todos aqueles
bitolados – que se autointitulam doutos – com seus chavões
pejorativos
pairam com suas plenitudes ocupadas por diversos mundos
exaltados por beleza e intelectualidade estudadas a fio
por gêmeos em aquários repletos de libras equilibradas em
balanças
sinto-me entre silfos e comparo-te a Paralda
declaro-me fidedigna nativa do Ar
e peço que tu estejas no ar e que tu observes
do alto e que apenas desças comigo
ao solo e aqueças e umedeças quando estiveres
nu
sobre
mim
Sua poesia é liberdade e eu como humana voo ao te ler
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