A.
escrevia centenas de artigos para atingir um antigo anseio. J. lia diversos
livros ao mesmo tempo e se via no meio de uma multidão de seres escritos. A. e
J. navegavam juntos. No interior de um barco furado, sonhavam imagens matizadas
e engendravam uma nova terra para chamarem de lar. Enquanto a água atulhava o
pequeno barco, os dois se amavam nos detalhes. A. cobria seus olhos claros com
lentes embaçadas. J. mostrava seu olhar castanho através de lentes limpas e
grossas. Sem toques. Sem vozes. Só vistas. Olhares se confundiam. J. e A.
deixavam suas portas abertas e trocavam seus desejos por acordes de luz.
Meditavam: amados. Descobriram o caminho e iniciaram a jornada de redenção.
Dormiram anjos. Repousaram cosmos. Despertaram sagrados.
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