Carmela:
Quando desatava
os teus nós de solidão
E te amarrava
nos meus olhos de tristeza
Você não me
dizia tudo o que sentia
Quando te
encontrava empinando
Mil pandorgas
com os pequenos
O vento
carregava meu aceno até você
Que não me
compreendia
Hoje ainda canto
que te faria um tapete
Branco de crochê
e te leria Hilda nua
Te mostraria o
vermelho dessa vida
Mas sem teus
jornais no fundo do baú
Sem teu
guarda-roupa
Só me resta uma
varanda vazia
Mais uma vida
sozinha
Jardineiro:
Na minha pele,
teus cacos de vidro se perdem
Nos velhos
livros, tuas fotos guardadas escrevem
Cartas a Ophelia
esquecido comigo
Contigo, meus
discos de folk, de blues e de rock
Noite bucólica –
ao teu encalço me vejo
Descalça – no
meu segredo te vejo
Sagrada – sob a
luz de parasselênio
Cartas a Ophelia
esquecido comigo
Contigo, meus
discos de folk, de blues e de rock
Muito bom, Laís!
ResponderExcluirPerfeito...
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