inventam-se
estórias sobre cometas
e
crenças antigas dos pais dos avós
acompanham
o vento que apaga o fogo
no
chão as veredas perenes são firmes
distantes
estão as metrópoles e seus guetos
e
dentro o desejo de sair em silêncio
árduo
êxodo de lembranças bucólicas
o
campo carrega muitos segredos
em
contrapartida no céu da capital
há
menos pingentes e vaga-lumes
as
luzes acendem sozinhas à noite
na
esquina da rua e inertes na sala
vidraças
trincadas prendem o ar
sufocadas
como se doentes fossem
nas
janelas dos prédios de hospitais
denominem
independência moderna
individualista
ou qualquer terminologia
solta
em um artigo de revista digital
o
tempo é honesto de certo modo
parados
estavam os dois quando
perderam
o medo do movimento
como
quem se perde na cidade
perderam-se
imóveis do lado
oposto
de cada calçada deserta
uma rua
referta de carros blindados
inquieta
paisagem contemporânea
a
cidade ajuda a guardar os segredos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito Bom...Lais.
ResponderExcluirO céu, à noite, das cidades é um de negro amarelado, estrelas não há...