I
Naquele maio,
esquentei-me em desejos íntimos,
Pois, ao encontrá-lo,
testemunhei-me em um lar.
Afundei-me
libidinosamente em anseios ínfimos
E deitei-me
sobre o amor para senti-lo extravasar.
Maiakóvski,
desejo-o como marido e amigo!
II
Andamos,
lado a lado, sobre o abismo do pecado
E, sem
cautela, nos lançamos a um casto frenesi.
Que, em meu
peito nevado, se introduziu calado,
Simulando ardilosamente
uma inocência de guri.
Lord Byron,
desejo-o como amante e cáften!
III
O poeta,
que conheci na taverna,
Transformou-me
em poesia bela.
Deu-me
vinho e, após me poluir,
Pela viela,
o bardo me fez ir e rir.
Passagens muito boas, linda sintonia
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