Alguns espelhos
refletiam nossa
eterna mocidade
e outros apenas
acenavam com
punhos de vidro.
Algumas portas
se fechavam de
forma abrupta e
outras somente
se abriam em um
duro ranger.
Sua voz se
infiltrava em meus
ouvidos como uma
sinfonia
de inverno
cinzento e infinito.
Meus pés
deslizavam sobre os
seus lábios
cálidos de queixas
e tremiam até o
seu umbigo.
Sua face mórbida
se encaixava
com exatidão
entre os meus seios
onde dormia
depois do amanhecer.
A aurora trazia
o horizonte para
dentro da alcova
e também um
caixote para o
nosso segredo:
Morrer.
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