Tuas linhas
pequenas e níveas
E linho plantei
sobre elas e sobre as flores
Antigas que
estavam a vivificar
Os ruídos
luminosos do longo fim de ano
Era Día de los Muertos quando cortei
Meus fios
laranjas e lisos
E na nuca deixei
vivo o cheiro de mar
De um outono
frio de maio
Dissimulando os
acordes de fim de ano
Era Día de los Muertos quando matei
A morte escura e
cínica
E ancorei no
velho cais de outra terra
Uma nova forte
ventura
Para revelar
algum navio de fim de ano
Era Día de los Muertos quando deixei
Apagar sem
piedade
As chamas
sanguíneas da lareira de tuas
Veias azuis de
saudade
Antes de sentir
o sangue do fim de ano
Era Día de los Muertos quando evitei
Numa rua deserta
Tua face marcada
pela vida da minha
Vida então
encoberta
Pelo acórdão lúgubre
do fim de ano
Era Día de los Muertos quando amei
O holoceno
sucumbido
E terminei todas
as leituras maçantes
Para o Dia de
Natal
Fortificar-se o
mirante de fim de ano